se eu fosse o Grão Vasco
Museu Nacional Grão Vasco
O Museu Nacional Grão Vasco é um espaço emblemático da cidade de Viseu, conhecido não só localmente, mas também com ampla projeção exterior. É um museu centenário (fez 100 anos em 2016), cuja importância nacional foi justamente reconhecida em 2015, passando à categoria de museu nacional.
É um dos três únicos museus com esta categoria, fora de Lisboa (os outros dois são em Coimbra e no Porto).
Situa-se num edifício imponente - o Paço dos Três Escalões - cuja construção se iniciou a partir de 1593, no local do paço episcopal, encostado à Sé Catedral de Viseu. Deve-se à necessidade de criar na cidade um seminário ou um colégio para a formação do clero. Embora se desconheça a autoria do projeto, é legítimo apontar para uma origem castelhana, à semelhança do que sucedeu com o desenho da fachada da Catedral, encomendado alguns anos mais tarde a um arquiteto de Salamanca. Este imponente edifício granítico, cujo último piso terá sido acrescentado já no séc. XVIII, mantém uma relação singular entre sobriedade e monumentalidade.
Depois de várias vicissitudes, no século XIX torna-se pertença do Estado, que ali instalou diversos serviços (Quartel Militar, Governo Civil, Administração do Concelho, Câmara, etc…).
Em 1916, é criado por decreto do Governo o museu de Grão Vasco, inicialmente em dependências da Sé, e só mais tarde virá a ocupar aquele edifício, onde hoje ainda se encontra.
Entre 2001 e 2003, foi objeto de um projeto de intervenção, de autoria do Arquiteto Eduardo Souto Moura, que libertou o interior dos muitos elementos apostos e desvirtuantes, e adaptou-o às exigências de um programa museológico novo. O projeto de remodelação do Museu de Grão Vasco pretendeu preservar, no essencial, a sua identidade exterior.
A coleção principal do Museu é constituída por um conjunto notável de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão Vasco, de colaboradores e contemporâneos.
O acervo inclui ainda objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas (pintura, escultura, ourivesaria e marfins, do Românico ao Barroco), maioritariamente provenientes da Catedral e de igrejas da região, a que acrescem peças de arqueologia, uma coleção importante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, porcelana oriental e mobiliário.
O discurso expositivo ganhou linguagens novas após as importantes obras de requalificação. Hoje, a par com as obras de arte que caracterizam o acervo do MNGV, o museu desenvolve uma intensa programação temporária, que integra grandes retrospetivas históricas a par com intervenções de artistas contemporâneos.
O MNGV dispõe de um Serviço Educativo, cuja atividade regular priotirária se destina ao público escolar. Mas também organiza atividades para outros tipos de públicos, nomeadamente crianças e adultos, abrindo-se à colaboração de animadores e criadores externos.
A informação encontra-se disponível no site oficial do MNGV, para além da divulgação regular de atividades no facebook.

Pinturas de Grão Vasco que vão ser recriadas